quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Rafael Cortez, do CQC, testa sabores exóticos de sorvete

No Dia do Sorvete, o repórter experimenta gostos encontrados na biodiversidade brasileira

Tem sorvete de morango? Tem, sim senhor. Tem sorvete de chocolate? Tem, sim senhor. Tem sorvete de bacuri? Sorvete de bacuri? Pois é, agora também tem. Bacuri, que fique claro, é uma fruta nativa das regiões Norte e Nordeste do Brasil. Mas não precisa, necessariamente, morar pros lados do Maranhão ou do Piauí para provar essa refrescante mistura exótica.

Na onda dos novos conceitos em sorvete, as sorveterias de todo o país têm investido pesado na diversidade de sabores. As opções são pra lá de variadas e atendem aos paladares mais excêntricos: é possível tomar sorvete de tequila, de cerveja ou experimentar sabores de frutas da biodiversidade brasileira.

Mas diante destas misturas ousadas, você deve estar se perguntando: será que estes sabores exóticos são realmente gostosos? Fizemos a pergunta para o repórter do programa CQC (Bandeirantes) , Rafael Cortez, e ele mostrou, como sempre, que tem a língua afiada. "O sabor mais estranho que já provei até hoje foi um sorvete de salmão, que me fez engolir seco durante um jantar. Péssimo", conta ele.

Rafael Cortez, do CQC ? Foto: MinhaVida

A reação não é à toa. Rafael Cortez faz o gênero clássico. Seu sorvete preferido é o de creme. Acompanhamento? Só se for com calda de caramelo e olhe lá. Chantily, gomas, granulados e palitos crocantes, tudo isso ele dispensa sem ressalvas. "Não sou fã de complementos estranhos como farofa de castanhas, por exemplo. Quem inventou isso?! Farinha não combina com doce. Tenho trauma. Já engasguei até." E, quando era criança, ele conta que o sorvete Corneto, da Kibon, era o ponto alto do fim de semana. "A gente ia almoçar e minha mãe ficava de olho. Se eu comesse tudo direitinho, ganhava o Corneto de sobremesa", relembra. Diante de tanta moderação, o MinhaVida resolveu colocar o paladar do rapaz à prova no espaço Feira Moderna, em São Paulo, onde ele provou cinco sabores exóticos . No teste dos sorvetes, Rafael precisava adivinhar qual era o sabor e dar nota para cada um deles. Confira abaixo, o resultado da brincadeira:

"O sabor mais estranho que já provei até hoje foi um sorvete de salmão".

Primeira colherada
Palpite do Rafa: Abacate com queijo e maracujá
Sabor verdadeiro: Muruci
Nota: 02. "Nossa! Esse é bem exótico mesmo. Mas é horroroso."

Segunda colherada
O palpite do Rafa: Cupuaçu
Sabor verdadeiro: Cupuaçu com castanha do Pará
Nota: 8. "É delicioso, só dou nota 8 porque não gosto muito de castanha, mas é ótimo."

Terceira colherada
O palpite do Rafa: Tapioca
Sabor verdadeiro: Tapioca
Nota: 10. "É o melhor de todos. Parece um sorvete de coco, só que cem vezes melhorado .Tem gosto de infância."

Rafael Cortez, do CQC ? Foto: MinhaVida

Quarta colherada
O palpite do Rafa: Lichia
Sabor verdadeiro: Bacuri
Nota: 8 . "Não é um dos meus favoritos, mas é muito mais gostoso que a fruta"

Quinta colherada

Palpite do Rafa: Pitanga com acerola
Sabor verdadeiro: Taperebá
Nota: 09. "Uau! Uma delícia. É o mais refrescante de todos. A melhor opção para o verão."

"Não sou fã de complementos estranhos como farofa de castanhas, por exemplo. Quem inventou isso?"

Sabores do Brasil
Mas se o repórter do CQC torceu o nariz para o sorvete de Muruci, o proprietário do Feira Moderna, Carlos Eduardo Buzolin, tem motivos de sobra para mantê-lo no cardápio. Os sabores considerados mais exóticos pelos paulistas são um sucesso, principalmente, entre os moradores da cidade que vieram da região Norte - e prová-los é uma forma de manter contato com as delícias de lá. "Eles chegam aqui à procura dos sabores amazônicos. A gente estranha um pouco. Deu pra ver pela reação do Rafael, mas para eles é uma surpresa agradável saber que têm estes sabores aqui em São Paulo", diz Carlos.

Rafael Cortez, do CQC - Foto: MinhaVida

Localizada no bairro da Vila Madalena e com cinco anos completados, coincidentemente, nesta quarta-feira (23 de setembro), no Dia do Sorvete, a Feira Moderna é conhecida na cidade pela tradição de servir aos clientes sabores exóticos de sorvetes vindos da região amazônica. A ideia de servir essas receitas surgiu depois de Carlos provar a linha de sorvetes Cairú, que existe há mais de 40 anos em Belém do Pará. "Percebemos que esse tipo de sorvete combinava com a nossa proposta de oferecer comidas e serviços com a cara do Brasil, então fechamos negócio com a marca e hoje temos exclusividade de venda em São Paulo", conta.

História do sorvete
A sobremesa gelada foi criada há cerca de 3 mil anos pelos chineses. No início, o sorvete era feito com neve, suco de fruta e mel. Mas foi só em 1292 que o sorvete começou a tomar a forma daquele que conhecemos hoje, quando o famoso viajante italiano Marcopolo voltou ao seu país cheio de novidades: o arroz, o macarrão e o sorvete feito com leite! A partir daí, a sobremesa começou a ser muito consumida em toda a Itália e, até hoje, o sorvete italiano é reconhecido como um dos melhores do mundo.

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