terça-feira, 25 de maio de 2010

Capitalismo: Grandes surpresas nas últimas pesquisas!


18/5/2010
por Charles Derber, em CommonDreams  
Tradução de Caia Fittipaldi
Reza a sabedoria convencional que os EUA são país de centro-direita. Pois recente pesquisa conduzida pelo Pew Institute lança dúvidas sobre essa ideia. Alastram-se nos EUA muitas dúvidas e muito ceticismo sobre o capitalismo; e o apoio a alternativas socialistas emerge como força majoritária na nova geração de norte-americanos.
Realizada no final de abril e com resultados divulgados dia 4/5/2010,  a pesquisa do Pew – provavelmente a mais respeitada instituição de pesquisas sociais no mundo – entrevistou mais de 1.500 norte-americanos escolhidos ao acaso e anotou as reações a expressões como “capitalismo”, “socialismo”, “movimentos progressistas”, “movimentos de cidadãos” e “milícias”.
As descobertas mais surpreendentes têm a ver com as reações a “capitalismo” e “socialismo”. Não se pode saber com certeza o que as pessoas pressupõem ao usar essas palavras; os resultados, portanto, têm de ser interpretados com cautela e no contexto de outras atitudes mais específicas em questões práticas da vida diária, como adiante se discute.
O Instituto Pew resume os resultados já no título da pesquisa: “Nem o socialismo é tão ruim, nem o capitalismo é tão bom.” De fato, o drama subjacente a alguns dos dados é bem mais complexo que isso.
Sim, o “capitalismo” ainda é visto positivamente pela maioria dos norte-americanos. Mas por uma pequena maioria. 52% dos norte-americanos reagiram positivamente àquela palavra. 37% mostraram reação de recusa; o restante disse que “não tem certeza”.
Há um ano, pesquisa do grupo Rasmussen chegou a resultados bem semelhantes. Naquela época, apenas 53% dos norte-americanos descreveram o capitalismo como “superior” ao socialismo.
Pela pesquisa Pew, agora, 29% dos norte-americanos reagiram positivamente à palavra “socialismo”. A quantidade dos positivos aumenta muito, quando se consideram alguns subgrupos-chave. Pesquisa do Gallup, em 2010, descobriu que 37% do total dos norte-americanos consideram o socialismo “superior” ao capitalismo.
É preciso ter em mente que esses números refletem um panorama geral muito amplo da opinião pública, em momento no qual as ideias da Direita dominam os meios de comunicação – com o “Movimento Tea Party” apresentado como barômetro da opinião pública média nos EUA. Pesquisa que se faça nesse momento, absolutamente não sugere um país socialista; mas, tampouco, um país apaixonado pelo capitalismo.
Os EUA não vivem tempos de dominação de alguma “centro-direita”. O que se vê é que quase metade da população ou ainda não se decidiu sobre a questão, ou está posicionada claramente contra o capitalismo. Alguns Republicanos e o Movimento Tea Party classificariam esse país, sem vacilar, como “país comunista”!
E a coisa fica ainda mais interessante, se se consideram dois subgrupos vitalmente importantes: de um lado, os jovens, “a geração do milênio”, hoje entre 18-30 anos. Na pesquisa do Instituto Pew, apenas 43% dos jovens com menos de 30 anos consideram positivamente o “capitalismo”.Mais surpreendentemente, 43% do mesmo grupo considera positivo “o socialismo”. Em outras palavras, a nova geração está rachada, praticamente ao meio, entre capitalismo e socialismo.
Os três institutos de pesquisa, Pew, Gallup e Rasmussen chegaram à mesma conclusão. Os jovens norte-americanos já não podem ser considerados como “geração capitalista”. São metade capitalistas, metade socialistas. Dado que continua a aumentar o número de jovens que reagem positivamente a “socialismo”, pode-se concluir – dependendo, é claro, do que se entenda por “socialismo” – que os EUA caminham para converter-se em país de Centro-esquerda ou, de fato, de maioria socialista.
Consideremos agora os partidos Republicano e Democrata. 62% dos Republicanos na pesquisa Pew consideram positivamente “o capitalismo”, mas 81% consideram positivo “o livre mercado” – o que sugere que há importante diferença de conceito, para os Republicanos, entre capitalismo e livre mercado. Até os Republicanos preferem pequenas empresas a grandes empresas, mas a diferença é pequena entre os que veem positivamente e os que veem negativamente as grandes empresas – o que para muitos, por boas razões, sugere que a força monopolística do capitalismo está minando o bom conceito de que gozaram os livres mercados.
A parte mais interessante, contudo, é a dos Democratas. Nos últimos tempos, nos EUA, todos ouvimos falar incessantemente dos “Blue Dog Democrats*”. Ao contrário do que faz crer o barulho que a mídia faz em torno deles, são minoritários entre os eleitores. A pesquisa Pew revelou que a base dos Democratas é surpreendentemente progressista. No mínimo, estão divididos quase exatamente ao meio, na avaliação positiva para “capitalismo” e “socialismo”. 47% dos eleitores Democratas veem “capitalismo” como positivo; 53%, como negativo. E 44% dos eleitores Democratas veem “socialismo” como positivo – ond e se vê que a negatividade sobre “capitalismo” correlaciona-se à positividade sobre “socialismo”.
Mais do que isso, vários subgrupos reagem negativamente a “capitalismo”. Menos de 50% das mulheres, os grupos de baixa-renda e os grupos de mais baixa escolaridade descrevem “capitalismo” como positivo.
A realidade, ao contrário, outra vez do que se ouve, é que Obama parece ter, sim, forte base progressista que se pode mobilizar. De fato, a palavra “progressista”, como mostra a pesquisa Pew, é um dos termos mais positivamente considerados de todo o vocabulário político norte-americano. – Substancial maioria, em praticamente todos os subgrupos, definem “progressista” como positivo.
Pode-se argumentar que nada disso significa coisa alguma, porque não se pode saber como os entrevistados definem “capitalismo” e “socialismo”. Mas nas pesquisas que tenho feito, publicadas em livros recentes como The New Feminized Majority e Morality Wars, e várias atitudes registradas em pesquisas para investigar questões concretas ao longo dos últimos 30 anos confirmam as conclusões da pesquisa Pew, pelo menos no que tenha a ver com os EUA estarem a caminho de converter-se em país de Centro-esquerda.
Em praticamente todas as grandes questões sociais — do apoio aos sindicatos e lutas pelo salário mínino, preferir vias diplomáticas à guerra, preocupação com o meio ambiente, opinião de que o “big business” está corrompendo a democracia, ao apoio aos principais programas sociais do governo –, inclusive Seguridade Social e Saúde Pública, a posição dos mais progressistas tem-se mantido consistentemente forte e relativamente estável. Se se entender que “socialismo” pode bem significar “apoio a esses programas”, facilmente se pode concluir que, sim, os EUA caminham para converter-se em país de centro-esquerda.
Se o socialismo significa alternativa genuína de sistema, então os EUA, sobretudo os jovens, estão emergindo como país majoritariamente social-democrata, ou, no mínimo, como país que deseja uma ordem mais cooperativa, mais verde, mais pacífica e socialmente mais justa.
As duas interpretações são, como todas as interpretações, manifestações de desejos. Mas ajudam a garantir aos progressistas que, mesmo na “Era do Movimento Tea Party”, apesar dos muitos perigos e da concentração sempre maior do poder e da riqueza das grandes empresas, ainda há base, na população, para implantar melhores políticas progressistas. Temos de mobilizar a população, fazê-los entender o que de fato são e podem; e por o governo Obama e o Partido Democrata desmoralizado em ‘fogo alto’, para fazê-los pular. Se fracassarmos, a Direita assumirá as rédeas e imporá seu monopólio capitalista sobre uma população de eleitores desentendidos, desorientados e mal informados.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Carta de Natal

Querido Papai Noel.... Tenho muitas dúvidas e muitos pedidos... Mamãe me disse que você é amigo do Papai do Céu e então poderia me ajudar....

Papai Noel, eu moro longe.. bem longe.. numa casa pequena com meus pais e mais um punhado de irmão.... Meu pai tá desempregado, os irmãos mais velhos trabalham muito, os mais novos ficam comigo e minha mãe lava roupa para fora....

Pra começar Papai Noel, eu gostaria de ganhar asfalto na rua de casa... Quando tá chovendo e meus irmãos saem pra trabalhar é muito triste... Eles chegam no trabalho sujos de barro e os amigos deles lá ficam rindo dos meus irmãos...

Papai Noel.. Eu também queria aprender o que significa rede de esgoto.. transporte público... e muitas outras coisas que a gente vê na televisão nas novelas e no jornal...

Papai Noel... Eu gostaria também de ter uma noite de Natal como os pobres das novelas... Porque os pobres das novelas têm Natal feliz e aqui no bairro onde eu moro as coisas são diferentes?

Papai Noel... Eu queria poder andar no centro da cidade na noite de Natal, ver as luzes bonitas do Natal, e que as pessoas não tivessem medo de mim... Eu não sou bandido.. Sou pobre.. É diferente....

Papai Noel... Porque na televisão na época de Natal passa tanta propaganda incentivando a gente a comprar? Natal não é uma época de confraternização?

Papai Noel... Porque as pessoas falam que a Bolsa Família é ruim e ficam dando sopa, roupa, brinquedos para gente sempre? Não é a mesma coisa?

Papai Noel... Porque aqui do lado do meu bairro tem umas casas grandes cercadas por um muro maior ainda? Na escola nas aulas de história eu aprendi que isso era coisa do feudalismo....

Papai Noel... Porque os professores de minha escola ganham tão pouco? Eles são tão inteligentes... e tem uns que são tão pobres como eu... Dá vontade de parar de estudar....

Papai Noel... O povo fala que o governo tem que ensinar a gente a pescar... Mas e se o rio não for da gente? De que vai adiantar aprender pescar?

Bem Papai Noel.. tá ficando tarde... preciso ir dormir... Espero que o senhor leia meus pedidos e responda minhas dúvidas...

sexta-feira, 30 de outubro de 2009


29 de outubro de 2009
UNE comemora: Senado aprova o fim da DRU na Educação

A DRU é um mecanismo que autoriza o governo a reter 20% de toda arrecadação. Na prática, com o fim da DRU, o Ministério da Educação terá uma verba extra de R$ 4 bilhões para investimentos ainda este ano. “É uma histórica reivindicação da UNE. Bilhões de reais eram subtraídos da Educação. O desafio agora é debater a aplicação dos recursos”, declara o presidente Augusto Chagas.

Na noite desta quarta-feira (28), a Educação obteve mais uma vitória: foi aprovada por unanimidade pelo plenário do no Senado Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que determina o fim da Desvinculação das Receitas da União (DRU) sobre o orçamento da Educação. A DRU é um mecanismo que autoriza o governo a reter 20% de toda arrecadação sem justificar no projeto de orçamento a destinação dos recursos.

Na prática, com o fim da DRU, o Ministério da Educação (MEC) terá uma verba extra de R$ 4 bilhões para investimentos ainda este ano. Em 2010 serão R$ 7 bilhões a mais (as reduções da incidência são gradativas: de 12,5% e 5%, em 2009 e 2010, respectivamente). Em 2011, quando não haverá mais a incidência do mecanismo, especialistas estimam que os recursos disponíveis devem saltar para R$ 10,5 bilhões.

“Agora é pra valer. Está extinta a DRU, que vinha subtraindo bilhões da Educação. A UNE sempre foi contra esse mecanismo, desde sua criação. Os estudantes têm muito o que comemorar com essa aprovação", afirma Augusto Chagas, presidente da entidade. Para Chagas, um bom desafio que temos adiante é o debate sobre como aplicaremos esses mais de 10 bilhões de reais que, em alguns anos, serão somados à educação brasileira. "Mesmo com os avanços do último período, nossa educação passa por muitas dificuldades: há cerca de 14 milhões de analfabetos no Brasil, a média de escolarização ainda é bastante baixa - 7 anos -, nossas escolas estão precárias e a remuneração dos professores deixa a desejar", enumera. O presidente da UNE alerta que muitos jovens estão excluídos atualmente, o que se deve à falta de recursos. "O fim da DRU vai contribuir para que possamos superar essas debilidades", concluiu.

Histórico da PEC

A PEC 96/2003, de autoria da senadora Idelli Salvatti (PT-SC) já havia sido aprovada em dois turnos pelo Senado, mas voltou à Casa porque a Câmara dos Deputados, em setembro deste ano, incluiu a obrigatoriedade da educação básica e gratuita para crianças e jovens de 4 a 17 anos. De acordo com o projeto, esta medida será colocada em prática gradativamente até 2016. Hoje, a lei exige a oferta de educação básica para crianças de 6 a 14 anos.

O que é a DRU?

A DRU ou Fundo Social de Emergência, como foi denominada na época de sua criação (em 1994, pelo governo Fernando Henrique Cardoso), destinava-se à desvincular 20% do produto da arrecadação de todos os impostos e contribuições da União, incluindo as receitas vinculadas ao ensino. Apesar de ter sido aprovada como algo transitório, ela vinha sendo prorrogada desde então a partir de Emendas Constitucionais (EC).


quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Rafael Cortez, do CQC, testa sabores exóticos de sorvete

No Dia do Sorvete, o repórter experimenta gostos encontrados na biodiversidade brasileira

Tem sorvete de morango? Tem, sim senhor. Tem sorvete de chocolate? Tem, sim senhor. Tem sorvete de bacuri? Sorvete de bacuri? Pois é, agora também tem. Bacuri, que fique claro, é uma fruta nativa das regiões Norte e Nordeste do Brasil. Mas não precisa, necessariamente, morar pros lados do Maranhão ou do Piauí para provar essa refrescante mistura exótica.

Na onda dos novos conceitos em sorvete, as sorveterias de todo o país têm investido pesado na diversidade de sabores. As opções são pra lá de variadas e atendem aos paladares mais excêntricos: é possível tomar sorvete de tequila, de cerveja ou experimentar sabores de frutas da biodiversidade brasileira.

Mas diante destas misturas ousadas, você deve estar se perguntando: será que estes sabores exóticos são realmente gostosos? Fizemos a pergunta para o repórter do programa CQC (Bandeirantes) , Rafael Cortez, e ele mostrou, como sempre, que tem a língua afiada. "O sabor mais estranho que já provei até hoje foi um sorvete de salmão, que me fez engolir seco durante um jantar. Péssimo", conta ele.

Rafael Cortez, do CQC ? Foto: MinhaVida

A reação não é à toa. Rafael Cortez faz o gênero clássico. Seu sorvete preferido é o de creme. Acompanhamento? Só se for com calda de caramelo e olhe lá. Chantily, gomas, granulados e palitos crocantes, tudo isso ele dispensa sem ressalvas. "Não sou fã de complementos estranhos como farofa de castanhas, por exemplo. Quem inventou isso?! Farinha não combina com doce. Tenho trauma. Já engasguei até." E, quando era criança, ele conta que o sorvete Corneto, da Kibon, era o ponto alto do fim de semana. "A gente ia almoçar e minha mãe ficava de olho. Se eu comesse tudo direitinho, ganhava o Corneto de sobremesa", relembra. Diante de tanta moderação, o MinhaVida resolveu colocar o paladar do rapaz à prova no espaço Feira Moderna, em São Paulo, onde ele provou cinco sabores exóticos . No teste dos sorvetes, Rafael precisava adivinhar qual era o sabor e dar nota para cada um deles. Confira abaixo, o resultado da brincadeira:

"O sabor mais estranho que já provei até hoje foi um sorvete de salmão".

Primeira colherada
Palpite do Rafa: Abacate com queijo e maracujá
Sabor verdadeiro: Muruci
Nota: 02. "Nossa! Esse é bem exótico mesmo. Mas é horroroso."

Segunda colherada
O palpite do Rafa: Cupuaçu
Sabor verdadeiro: Cupuaçu com castanha do Pará
Nota: 8. "É delicioso, só dou nota 8 porque não gosto muito de castanha, mas é ótimo."

Terceira colherada
O palpite do Rafa: Tapioca
Sabor verdadeiro: Tapioca
Nota: 10. "É o melhor de todos. Parece um sorvete de coco, só que cem vezes melhorado .Tem gosto de infância."

Rafael Cortez, do CQC ? Foto: MinhaVida

Quarta colherada
O palpite do Rafa: Lichia
Sabor verdadeiro: Bacuri
Nota: 8 . "Não é um dos meus favoritos, mas é muito mais gostoso que a fruta"

Quinta colherada

Palpite do Rafa: Pitanga com acerola
Sabor verdadeiro: Taperebá
Nota: 09. "Uau! Uma delícia. É o mais refrescante de todos. A melhor opção para o verão."

"Não sou fã de complementos estranhos como farofa de castanhas, por exemplo. Quem inventou isso?"

Sabores do Brasil
Mas se o repórter do CQC torceu o nariz para o sorvete de Muruci, o proprietário do Feira Moderna, Carlos Eduardo Buzolin, tem motivos de sobra para mantê-lo no cardápio. Os sabores considerados mais exóticos pelos paulistas são um sucesso, principalmente, entre os moradores da cidade que vieram da região Norte - e prová-los é uma forma de manter contato com as delícias de lá. "Eles chegam aqui à procura dos sabores amazônicos. A gente estranha um pouco. Deu pra ver pela reação do Rafael, mas para eles é uma surpresa agradável saber que têm estes sabores aqui em São Paulo", diz Carlos.

Rafael Cortez, do CQC - Foto: MinhaVida

Localizada no bairro da Vila Madalena e com cinco anos completados, coincidentemente, nesta quarta-feira (23 de setembro), no Dia do Sorvete, a Feira Moderna é conhecida na cidade pela tradição de servir aos clientes sabores exóticos de sorvetes vindos da região amazônica. A ideia de servir essas receitas surgiu depois de Carlos provar a linha de sorvetes Cairú, que existe há mais de 40 anos em Belém do Pará. "Percebemos que esse tipo de sorvete combinava com a nossa proposta de oferecer comidas e serviços com a cara do Brasil, então fechamos negócio com a marca e hoje temos exclusividade de venda em São Paulo", conta.

História do sorvete
A sobremesa gelada foi criada há cerca de 3 mil anos pelos chineses. No início, o sorvete era feito com neve, suco de fruta e mel. Mas foi só em 1292 que o sorvete começou a tomar a forma daquele que conhecemos hoje, quando o famoso viajante italiano Marcopolo voltou ao seu país cheio de novidades: o arroz, o macarrão e o sorvete feito com leite! A partir daí, a sobremesa começou a ser muito consumida em toda a Itália e, até hoje, o sorvete italiano é reconhecido como um dos melhores do mundo.